quinta-feira, 10 de julho de 2014

Presos fazem greve de fome contra superlotação em cadeia de Goiás

Presídio tem capacidade para receber até 24 presos, mas hoje está com 40.
PM administra o local e tem projeto para reforma, mas não há prazos.

Detentos da cadeia de Campinorte, na região norte de Goiás, estão em greve de fome desde a última segunda-feira (7) para protestar contra a superlotação das celas. No total, a carceragem tem disponibilidade para receber no máximo 24 presos. Porém, atualmente está com 40. 

O presídio é administrado pela Polícia Militar e funciona em um prédio antigo, que precisa de reparos. Para chamar a atenção sobre os problemas, os presos iniciaram a greve de fome como protesto e toda a comida oferecida é jogada fora.


A PM informou que um projeto está sendo feito por meio de um consórcio entre os municípios atendidos pela cadeia para realizar a reforma. O plano deve ficar pronto ainda este mês, mas não há previsão de quando ele deve ser executado.

Segundo o superintendente de Recursos Humanos da Prefeitura de Campinorte, Edmilson Pereira, é necessário uma parceria para efetuar as melhorias. "Existe um projeto para a reforma, mas Campinorte sozinho não tem condições de arcar com o custo. O prefeito vai se reunir com os administradores das outras cidades que serão beneficiadas para fazer uma parceria", afirmou.

Já o Ministério Público já ingressou com ação civil pública para o fechamento do presídio. "A ação pede a interdição devido a superlotação e a falta de condições ou que a Sapejus [Secretaria de Administração Penitenciária de Justiça] assuma a cadeia a reforme", explica o juiz Rodrigo de Castro.

Presos se recusam a receber refeições na cadeia de Campinorte (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Presos se recusam a receber refeições na cadeia de Campinorte (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Fonte: G1 GO, com informações da TV Anhanguera