As prisões de onze prefeitos goianos e um ex-prefeito, acusados de envolvimento com irregularidades na aquisição de medicamentos, foi um dos principais assuntos divulgados pela imprensa nos últimos dias. A Associação Goiana de Municípios (AGM) acompanha de perto o desenrolar dos fatos desde o seu início e mostra se preocupada com alguns aspectos da chamada Operação Tarja Preta. Ao analisar os acontecimentos o presidente da entidade, Cleudes Baré afirmou: “Vemos com tristeza e com cautela esse fato. Com tristeza, porque se comprovado, a posteriori as investigações, é lamentável de ver tantos colegas envolvidos nesses ilícitos, principalmente se tratando da área da saúde onde nós devemos ter a maior atenção com a administração. Por outro lado, discordamos do método utilizado, pois achamos que houve excesso do Ministério Público na forma de como foram efetuadas as prisões”.
O presidente da entidade Cleudes Baré diz que “a associação não é contra as investigações e muito menos defende a prática de ilegalidades. Pelo contrário. Quem estiver envolvido, depois de apurados todos os fatos e comprovada a culpabilidade, devem ser punidos de acordo com o que prevê a lei. Entretanto, a AGM discorda quanto a forma de como aconteceram as prisões. Em algumas delas criou se um verdadeiro espetáculo, de forma chamativa, colocando os prefeitos em condições até deprimentes”.
O presidente da AGM alerta para o risco de se sentenciar os acusados de forma antecipada, com desgastes morais e políticos, sem antes de se fazer o julgamento e até mesmo de se concluir as investigações. “E se no final das investigações não se conseguir comprovar o envolvimento de quem está sendo acusado, já que o que se tem de conhecimento são gravações telefônicas com suspeitas de irregularidades, como ficará a situação do prefeito hoje detido e quem vai reparar os danos morais causados?”, pergunta Cleudes Baré.
Fonte: Assessoria de Imprensa da AGM