Antônio Bastos foi condenado a 18 anos de prisão em júri realizado em GO.
Cantor Adriano esperava uma sentença mais rigorosa: 'Destruiu uma família'.
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Adriano achou queria pena máxima para acusado (Foto: Sílvio Túlio/G1) |
Bastante emocionado, o artista, cujo nome verdadeiro é Geovanny Bernardes de Sousa, acompanhou todo o julgamento, realizado na tarde de terça-feira (10) no Fórum de Goiânia. A mãe dele foi espancada e morta dentro da casa onde morava, no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia, em fevereiro deste ano.
Apesar do descontentamento com a sentença, o cantor, que ficou famoso pela música "A jiripoca vai piá", espera que o balconista pague na cadeia pelo que fez. "Que ele cumpra em regime fechado como foi dito. E que ele repense a vida, o que ele fez, porque destruiu uma família. Agora é vida que segue", lamentou.
Prostituição
Durante seu depoimento, Bastos confessou o crime, mas alegou que não tinha a intenção de matar a namorada: “Fui tomado por uma força espiritual do mal”. Contudo, ele nega ter espancado a vítima, como sustentou a acusação.
O réu afirmou ao júri que conheceu a vítima ao fazer um programa sexual em Uberaba (MG) e que o casal passava quase todos os dias fazendo sexo. Ele pediu desculpas à família porque não queria denegrir a imagem da vítima. "Para vocês, ela passava a imagem de respeito, mas ela estava nessa vida há muito tempo", disse o homem. Antônio justificou sua vinda à Goiânia como uma forma de construir uma nova vida, arrumar outro emprego.
Questionado sobre um suposto envolvimento da mãe com prostituição, Adriano acredita que o condenado só levantou essa questão para tentar sensibilizar os jurados. "Desconheço isso. Ele está no direito de falar o que quiser. Mas nós, a família, sabemos a verdade. Deixa na mão de Deus", disse.
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Antônio Mário Silva Bastos saiu do júri algemado direto para a cadeia (Foto: Sílvio Túlio/G1) |
Antônio Bastos saiu do 1º Tribunal do Júri algemado e foi encaminhado para a Penitenciária Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia, onde irá cumprir a pena.
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Eva Bernardes foi assassinada em fevereiro deste ano (Foto: Reprodução TV Anhanguera) |
Eva foi morta no dia 16 de fevereiro, no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia. De acordo com a investigação policial, ela foi espancada por Bastos dentro de casa e não resistiu aos ferimentos. Um documento do acusado foi localizado pela polícia ao lado do corpo da vítima.
Na época do crime, vizinhos contaram que ouviram um som muito alto vindo de dentro da casa durante a madrugada. Para a polícia, o barulho pode ter sido proposital, para evitar que qualquer pedido de socorro da mulher fosse ouvido.
Após ficar foragido, Bastos foi preso pela Polícia Militar em Uberaba (MG), no dia 1º de março. Depois, foi transferido para Goiânia, onde aguardava o julgamento.
Segundo Adriano, a mãe dele manteve um relacionamento amoroso com o acusado por cerca de três meses antes do crime. “Nem cheguei a conhecê-lo, pois estava viajando muito para compromissos profissionais.
Falei com ele umas duas vezes e, de cara, já percebi que não era alguém muito correto. Infelizmente, não tive tempo de intervir nesse namoro e salvar minha mãe. Minha dor é insuperável”, lamentou.
Fonte: G1 GO